Os moradores do prédio que precisou ser evacuado após danos estruturais em Praia Grande, no litoral de São Paulo, contaram como foram os momentos antes do edifício ser interditado. Segundo apurado pela reportagem, algumas pessoas chegaram a pensar que era um terremoto e houve quem se desequilibrou com o susto.O Edifício Residencial Giovannina Sarane Galavott, de 23 andares e 133 apartamentos, sofreu danos nas pilastras e moradores foram evacuados nesta terça-feira (13). O prédio entregue em 2011 fica na Avenida Jorge Hagge, no bairro Aviação, a uma quadra da praia.
“Eu estava sentada olhando no celular e, de repente, senti um tranco e cai”, disse a aposentada Iracema Silva em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo na Baixada Santista.
A moradora contou que assim que correu para buscar abrigo, sentiu outro tranco e quando estava descendo os andares, sentiu o balanço pela terceira vez. Ela disse ainda que o prédio já tinha tido problemas estruturais há aproximadamente quatro anos. “Já teve um conserto na coluna [não sabe se foi a mesma]”, relembrou.
Apesar disso, Iracema afirmou que foi um grande susto. Assim como ela, a outra moradora Valderez Maria Afonso também foi surpreendida. A aposentada conta que estava se preparando para ir à praia quando ouviu um estrondo.
“Os móveis mexeram e a gente achou que estava tendo terremoto”, disse.A mulher explicou que após ser informada sobre os danos nas colunas, foi orientada a retirar o carro da garagem. “A gente deixou só os pertences desnecessários”, afirmou. Ela diz que deixou os itens pessoais emergenciais no porta-malas do veículo fora do prédio.
Já o motorista de carreta João Carlos Ramos estava no banheiro no momento do estrondo. “Estava lavando a mão no banheiro. De repente, cedeu os pés dois centímetros. Deu um estrondo, parecia uma bomba, e eu desci correndo pra pegar meu moleque no mezanino, meu moleque de 17 anos. Desci as escadarias correndo”, relembrou. Ele ainda ouviu um segundo som que descreve como "estralo", quando estava saindo do edifício.
A moradora Márcia Chiarella estava assistindo televisão quando ouviu um estrondo. Apesar de não saber do que se tratava, ela resolveu deixar o apartamento. “Quando eu cheguei pra rua, eu comecei a ver a movimentação de carros”, disse.
Procurada pelo g1, a Prefeitura de Praia Grande não informou para onde os moradores foram encaminhados.
Moradores retirados de prédio com danos estruturais lembram 'estrondo' antes de interdição no litoral de SP
Uma moradora chegou a cair após o 'tranco'. Edifício precisou ser evacuado após danos estruturais em Praia Grande.
Por g1 Santos
Moradoras do prédio, Valderez (à esquerda) e Márcia, relembraram susto em Praia Grande (SP) — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna
Os moradores do prédio que precisou ser evacuado após danos estruturais em Praia Grande, no litoral de São Paulo, contaram como foram os momentos antes do edifício ser interditado. Segundo apurado pela reportagem, algumas pessoas chegaram a pensar que era um terremoto e houve quem se desequilibrou com o susto.
O Edifício Residencial Giovannina Sarane Galavott, de 23 andares e 133 apartamentos, sofreu danos nas pilastras e moradores foram evacuados nesta terça-feira (13). O prédio entregue em 2011 fica na Avenida Jorge Hagge, no bairro Aviação, a uma quadra da praia.
“Eu estava sentada olhando no celular e, de repente, senti um tranco e cai”, disse a aposentada Iracema Silva em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo na Baixada Santista.
A moradora contou que assim que correu para buscar abrigo, sentiu outro tranco e quando estava descendo os andares, sentiu o balanço pela terceira vez. Ela disse ainda que o prédio já tinha tido problemas estruturais há aproximadamente quatro anos. “Já teve um conserto na coluna [não sabe se foi a mesma]”, relembrou.
Apesar disso, Iracema afirmou que foi um grande susto. Assim como ela, a outra moradora Valderez Maria Afonso também foi surpreendida. A aposentada conta que estava se preparando para ir à praia quando ouviu um estrondo.
“Os móveis mexeram e a gente achou que estava tendo terremoto”, disse.
Prédio é evacuado às pressas após danos estruturais e 'risco de queda' no litoral de SP
A mulher explicou que após ser informada sobre os danos nas colunas, foi orientada a retirar o carro da garagem. “A gente deixou só os pertences desnecessários”, afirmou. Ela diz que deixou os itens pessoais emergenciais no porta-malas do veículo fora do prédio.
Já o motorista de carreta João Carlos Ramos estava no banheiro no momento do estrondo. “Estava lavando a mão no banheiro. De repente, cedeu os pés dois centímetros. Deu um estrondo, parecia uma bomba, e eu desci correndo pra pegar meu moleque no mezanino, meu moleque de 17 anos. Desci as escadarias correndo”, relembrou. Ele ainda ouviu um segundo som que descreve como "estralo", quando estava saindo do edifício.
A moradora Márcia Chiarella estava assistindo televisão quando ouviu um estrondo. Apesar de não saber do que se tratava, ela resolveu deixar o apartamento. “Quando eu cheguei pra rua, eu comecei a ver a movimentação de carros”, disse.
Procurada pelo g1, a Prefeitura de Praia Grande não informou para onde os moradores foram encaminhados.
Entenda o caso
Um prédio de 23 andares e 133 apartamentos foi evacuado às pressas após apresentar danos estruturais em três colunas nesta terça-feira (13). Segundo o Corpo de Bombeiros, uma vistoria indicou os danos nas pilastras do edifício, que tem 19 pavimentos residenciais.
Prédio em Praia Grande (SP) é evacuado por risco de queda — Foto: g1
"A primeira preocupação era retirar os moradores", explicou o capitão do Corpo de Bombeiros, Thiago Duarte. "Foram constatadas três colunas rompidas. Agora está sendo feito o trabalho de escoramento para que os esforços das demais colunas [que não sofreram danos] sejam divididos".
Em nota, a prefeitura informou que o prédio ficará interditado totalmente até que o condomínio apresente uma série de documentações técnicas. O município disse ainda ter notificado o condomínio para que apresente a documentação e, a partir disso, o material será analisado pela Secretaria de Urbanismo e Defesa Civil da cidade.
Construtora
Em nota, a Construtora e Incorporadora de Imóveis JR Ltda., por meio de seus representantes, informou que está ciente da ocorrência com o Residencial Giovannina Sarane Galavotti e prontamente deslocou engenheiros e técnicos para identificar suas causas. Tão logo os laudos sejam emitidos, a construtora não se eximirá de prestar assessoria aos condôminos.
Coluna de prédio de 23 andares sofre danos estruturais e moradores são obrigados a evacuar edifício — Foto: Reprodução
Escoramento
A prefeitura afirmou, também por meio de nota, que entre as primeiras medidas adotadas foi realizado o escoramento dos pavimentos onde as pilastras danificadas foram localizadas, no subsolo, térreo, G1 e G2. A equipe de reportagem da TV Tribuna apurou no local que o escoramento é feito por meio de estacas.
Ainda de acordo com o município, outra ação foi o esvaziamento da caixa de água da edificação, com o objetivo de reduzir o peso total prédio nas pilastras.
Fonte(s): https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/02/14/moradores-que-retirados-de-predio-com-danos-estruturais-lembram-estrondo-antes-de-interdicao-no-litoral-de-sp.ghtml
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