O Bom Dia Brasil estreia nesta segunda-feira (17) uma série sobre as atletas brasileiras que irão para a Copa do Mundo de futebol feminino na Austrália e na Nova Zelândia, que começa nesta quinta-feira (20). O Brasil fará sua primeira partida contra o Panamá na segunda-feira (24), às 8h (de Brasília), e terá no comando do ataque Debinha, uma centroavante com larga experiência fora do país.
A artilheira do Brasil precisou superar vários desafios para conquistar a vaga no elenco que lutará pelo primeiro título mundial da sua história. No entanto, o primeiro deles veio logo em casa: ela precisou convencer a própria mãe, Neuza, a deixá-la jogar futebol nas ruas e campinhos de Brazópolis (MG), sua cidade natal. Coube ao pai, Caetano, ajudar no convencimento.
“Minha mãe não me deixava ir jogar. Meu pai ia, falava com ela, pedia, tal, e eu acabava indo para rua jogar”, revelou.
Depois que dobrou a mãe, superar adversárias era o de menos. Mas não quer dizer que foi fácil. A qualidade da artilheira era tanta que ela logo recebeu proposta para jogar fora do país. Seu primeiro destino foi a gelada Noruega.
“Foi bem difícil para mim no começo. Para mim, estar saindo do Brasil um país tropical, indo para a Noruega (...) bem frio. E eu não falava inglês, muito menos norueguês”, relembrou.
Os gols, no entanto, abriram as portas do mundo para Debinha. Artilheira "tipo exportação", ela ainda foi para China e Estados Unidos, onde atua pela segunda equipe. É uma das oito atletas brasileiras que atuam em solo americano, e das 88 brasileiras que movimentaram o mercado europeu – mais que o Brasil só os EUA transferiram mais atletas, com 164 negociações.
Aos 31 anos, Debinha envergará mais uma vez a camisa amarela em uma Copa do Mundo, a sua segunda da carreira. Pelo Brasil, ela tem 58 gols – 29 apenas nos últimos quatro anos. A experiência internacional, para ela, é determinante para os bons números.
“Acho que vale a pena você sair um pouco do seu país, aprender escolas diferentes, porque a intensidade aqui fora é um pouco, o nível é um pouco maior do que no Brasil. (...) Nos estrutura muito para chegar na seleção e poder desempenhar um bom papel”, avaliou.
Fonte(s): https://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2023/07/17/copa-do-mundo-feminina-debinha-e-artilheira-tipo-exportacao-na-selecao-brasileira.ghtml
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